Seja bem-vindo!

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Você está chegando ao primeiro blog nativista da Internet. 

Esse é o primeiro blog nativista surgido no Brasil. A proposta do blog é combater a contradição que existe entre a importância que o Brasil tem de fato e a importância que lhe é atribuída por brasileiros e estrangeiros. O nosso país, rapinado desde que roubaram daqui a primeira tora de pau-brasil, tem recebido das potências ocidentais um tratamento não condizente com seu peso e sua grandeza. Em 2014, por ocasião da copa do mundo, a Fifa (entidade esportiva com sede na Suíça) proibiu a realização de festas de São João em Salvador, na Bahia: 

No mesmo ano, a empresa alemã Adidas lançou uma campanha publicitária vendendo o Brasil como paraíso do turismo sexual: 

Em 2009, chegaram a portos brasileiros, vindos de portos britânicos, contêineres cheios de lixo, até com fraldas descartáveis, seringas usadas e restos de alimentos: 

Precisa mais? Pois tem, mesmo sem precisar. A Zara, empresa espanhola do ramo têxtil, foi pega explorando mão de obra escrava em São Paulo: 




Theodore de Bry, gravurista belga do século XVI (dezesseis), se notabilizou pela denúncia dos crimes de lesa-Humanidade cometidos pela Espanha (na gravura, nativos da América são supliciados pelos conquistadores espanhóis) - fonte: https://de.slideshare.net/wsshist/apresentao1-14556299/2


Sem esquecer de todos os brasileiros que têm sua entrada negada na Europa e na América do Norte, enquanto os ocidentais entram no Brasil quando querem, inclusive para a prática de biopirataria, tráfico de mulheres e turismo sexual. Com a Suíça nos tratando como quintal, a Alemanha como bordel, a Grã-Bretanha como lixeira, e a Espanha como senzala, que obrigação nós temos de adquirir produtos de marca suíça, alemã, britânica ou espanhola? Além de colonizados na economia, ainda somos colonizados na cultura, com a importação de festas como o Halloween, tentando fazer um Halloween tropical, numa imitação que beira o ridículo. 

O folclore brasílico não é rico o bastante? O Brasil é negro, índio, cafuzo, mulato, caboclo, e também mazombo (branco), e nós nos orgulhamos muito disso. 


                                         
Os Estados Unidos, por sua vez, tentaram impedir o programa brasileiro de foguetes: 

         
         A Base de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão, peça estratégica do programa de foguetes brasileiro, e orgulho da soberania nacional - fonte: https://midianewscampogrande.com.br/2018/09/15/centro-esta-preparado-para-lancamento-de-foguete-apos-acidente/
                 

E p'ra completar, o presidente russo Vladimir Putin, numa fala cheia de prepotência e preconceito, disse que a epidemia de zika que assolou nossa população era "uma porcaria da América Latina": 


Deixando claro: não queremos o solo nacional desonrado por bases militares estrangeiras de qualquer nacionalidade, sejam russas ou americanas. 

Brasileiros! Não precisamos esperar pelo governo! É direito legítimo do consumidor decidir que produtos entram ou não na sua casa, ou no seu cotidiano (os ocidentais exercem esse direito sem a menor cerimônia, decidindo que brasileiros podem ou não entrar nos seus países). A Google é ocidental, de fato; mas tudo tem que ser ocidental nas nossas vidas? 

A proposta nativista: o resgate da brasilidade e a defesa da cultura nacional pela valorização dos nossos produtos (materiais ou imateriais). O cenário que temos é a cultura brasileira perdendo terreno em seu próprio solo para uma cultura importada. Sintam-se à vontade para contar suas desventuras em consulados e aeroportos ocidentais. Comentários abordando outros aspectos da vida nacional também são bem-vindos.

No blog vocês irão encontrar muitas imagens de fortes militares, quartéis, museus, centros culturais, bibliotecas públicas, etc. Mas não há templos religiosos de qualquer denominação. Isso tem a ver com uma questão de respeito às religiões. O templo - de qualquer fé - é um lugar para a pessoa se encontrar com Deus. Muito embora haja igrejas históricas no Brasil inteiro, desde o antigo Google+ eu nunca gostei de usar igrejas para ilustrar os meus artigos. Ademais, nem todos os brasileiros são católicos e alguns não se sentiriam representados. A fortaleza, ao contrário, serve para todos. 


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   Forte São João da Bertioga, São Paulo  (fonte:https://www.arcoweb.com.br/noticias/arquitetura/seis-bens-nacionais-concorrem-patrimonio-mundial-unesco).                                               

Quero ainda invocar o exemplo dos nossos antepassados citando um trecho da obra "História do Brasil"; Bloch Editores, volume II (página 266): 

"Era esta a contextura ideológica da capitania quando teve início, a 6 de março de 1817, a Revolução Pernambucana (uma revolta contra as tropas portuguesas que ocupavam Pernambuco), que se alastrou graças às profundas raízes do nativismo, sentimento alimentado desde a expulsão dos holandeses em 1654. O nativismo era tão forte naquela província que a maioria de seus habitantes chegava até mesmo a excluir de suas mesas os produtos europeus, substituindo-os pelos produtos nacionais (...)". 

O plano de fundo do blog é um magnífico exemplo da cerâmica brasílica: 

Karióka não é "casa de branco"; quer dizer casa dos cariós. O nome do blog foi escolhido em homenagem a uma aldeia indígena que ficava no território do atual município do Rio de Janeiro.

Devemos o esclarecimento ao jornalista Rafael Freitas da Silva, autor do livro O Rio Antes do Rio (Editora Babilônia, páginas 18 e 97 a 101). Em seu esplêndido trabalho, Rafael Freitas traçou um fidedigno cenário do Brasil pré-colonial, sobretudo da Guanabara. Embora não seja um colega historiador, seu livro é um valiosíssimo contributo à historiografia brasileira, e ao nosso povo, contributo ao qual os historiadores têm muito o que agradecer.

Eu não o conheço, infelizmente (e o conteúdo desse blog não é respaldado por ele). Mas tive o privilégio de ler essa verdadeira obra de arte enquanto construía o Blog Karióka, muito aprendi sobre os meus antepassados, e recomendo veementemente a leitura a todo brasileiro que tiver tempo, pois muito irão aprender sobre o Brasil. Afirmo mesmo, e sem o menor receio de estar cometendo uma heresia, que Rafael Freitas já tem lugar garantido na galeria dos grandes nomes da nossa intelectualidade, e que O Rio Antes do Rio pode, de pleno direito, ser colocado ao lado de quaisquer clássicos nacionais, como "Raízes do Brasil", "Capítulos de História Colonial", dentre vários outros.   

Muito obrigado a todos. De novo, sejam bem-vindos. 

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